Viver Mal
Um hotel junto à costa norte de Portugal, acolhe os seus clientes, num fim de semana. Um homem vive dividido entre a atenção a dar à sua mulher e o espaço que ocupa a sua mãe no meio deles. Uma mãe promove o casamento da filha para facilitar a sua relação amorosa com o genro. Outra mãe vive através da filha, impedindo-a de tomar as suas próprias decisões. Três núcleos familiares em final de ciclo de aceitação.

"Viver Mal é um espelho do filme Mal Viver. Num espelho a imagem reflectida é invertida, neste filme a imagem mostra o que só pode ser imaginado no outro filme: os clientes do Hotel que são só sombras e vultos fugazes, em aparições muito fragmentadas, no primeiro filme, passam a ser os protagonistas. E a família do Hotel, protagonista do outro filme, passa a ser sombra e vulto fugaz, em aparições fragmentadas, que perturbam a narrativa das histórias dos clientes neste.
A vida e os dramas da família do Hotel são vislumbradas em fragmentos perturbadores, estes fragmentos estimulam a imaginação do espectador e ao mesmo tempo acrescentam dimensão dramática aos personagens dos clientes, que deixam de estar isolados para passarem e viver num mundo com outras pessoas e em que podem ser observados.
Viver Mal mostra outro ponto de vista sobre o mesmo tempo e o mesmo espaço, em que um ponto de vista mostra os dramas de que o outro só deixa vislumbrar fragmentos."
João Canijo
SOBRE STRINDBERG
Se houve alguém que tenha tratado obsessivamente o egotismo, como causa de viver mal consigo mesmo e com os outros, foi August Strindberg. Por isso a escolha natural de inspirar as histórias do clientes do Hotel em peças de Strindberg que são exemplo paradigmático de diferentes formas de egotismo. Foram selecionadas três peças: Brincar com o Fogo, um marido que não se compromete na relação com a mulher, mas quando sente que a pode perder também percebe que afinal a ama; O Pelicano, uma mãe dominadora e egoísta que chega ao ponto de promover o casamento da filha para facilitar a sua relação amorosa com o marido dela; Amor de Mãe, outra mãe que projecta de tal maneira a sua vida no futuro da filha que a impede de viver um grande amor. As peças só serviram de inspiração, não se trata de adaptações directas das mesmas, trata-se de as usar livremente como mote para uma reescrita totalmente reformulada e colocada no nosso tempo.
com
NUNO LOPES
FILIPA AREOSA
LEONOR SILVEIRA
RAFAEL MORAIS
LIA CARVALHO
BEATRIZ BATARDA
LEONOR VASCONCELOS
CAROLINA AMARAL
e
ANABELA MOREIRA, RITA BLANCO, MADALENA ALMEIDA, CLEIA ALMEIDA, VERA BARRETO
realização JOÃO CANIJO directora de fotografia LEONOR TELES montagem JOÃO BRAZ 1.ª assistente realização INÊS GARCIA MARQUES som TIAGO RAPOSINHO montagem e mistura de som ELSA FERREIRA direcção de arte NÁDIA HENRIQUES guarda-roupa SÍLVIA SIOPA direcção de produção JOANA CARNEIRO REIS com o apoio financeiro ICA – INSTITUTO DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL, FUNDO DE APOIO AO TURISMO E CINEMA, RTP – RÁDIO E TELEVISÃO DE PORTUGAL, CÂMARA MUNICIPAL DE ESPOSENDE co-produção FRANÇOIS D’ARTEMARE / LES FILMS DE L’APRÈS-MIDI produtor PEDRO BORGES produção MIDAS FILMES vendas PORTUGAL FILM
124’ | 4K | 5.1 | color | Portugal / France 2023
com
NUNO LOPES
FILIPA AREOSA
LEONOR SILVEIRA
RAFAEL MORAIS
LIA CARVALHO
BEATRIZ BATARDA
LEONOR VASCONCELOS
CAROLINA AMARAL
e
ANABELA MOREIRA, RITA BLANCO, MADALENA ALMEIDA, CLEIA ALMEIDA, VERA BARRETO
realização JOÃO CANIJO directora de fotografia LEONOR TELES montagem JOÃO BRAZ 1.ª assistente realização INÊS GARCIA MARQUES som TIAGO RAPOSINHO montagem e mistura de som ELSA FERREIRA direcção de arte NÁDIA HENRIQUES guarda-roupa SÍLVIA SIOPA direcção de produção JOANA CARNEIRO REIS com o apoio financeiro ICA – INSTITUTO DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL, FUNDO DE APOIO AO TURISMO E CINEMA, RTP – RÁDIO E TELEVISÃO DE PORTUGAL, CÂMARA MUNICIPAL DE ESPOSENDE co-produção FRANÇOIS D’ARTEMARE / LES FILMS DE L’APRÈS-MIDI produtor PEDRO BORGES produção MIDAS FILMES vendas PORTUGAL FILM
124’ | 4K | 5.1 | color | Portugal / France 2022